A qualidade de vida e o conceito de cuidar enquanto pilares fundamentais do propósito da Nestlé foram o fio condutor do projecto de renovação do edifício-sede, que transformou o local de trabalho num espaço mais flexível, mais colaborativo e mais sustentável. O Horto do Campo Grande fez parte deste projecto em que a interação com a natureza foi sempre privilegiada, na selecção e implementação das plantas mais adequadas aos espaços interiores.
Presente em Portugal desde 1923, a Nestlé, uma das empresas mais reconhecidas mundialmente no sector alimentar, como forma de manter o seu compromisso com a segurança, saúde e bem-estar no local de trabalho, decidiu renovar o edifício-sede, localizado em Lisboa. A nova sede é agora, mais do que um edifício “verde”, com o menor impacto ambiental possível, que propicia formas de trabalho mais ágeis, digitais, flexíveis e colaborativas, um edifício com uma forte dimensão cultural assente nos valores e princípios da empresa, colocando o bem-estar e a realização pessoal e profissional dos seus colaboradores no centro desta mudança.
Um espaço de equilíbrio entre o trabalho e experiência
Alexis Pinheiro, Workplace Solutions Manager da Nestlé, explica que “está comprovado que o espaço de trabalho tem uma influência directa no desempenho dos colaboradores”. Por isso, para a Nestlé era fundamental que, mais mais do que um escritório, o seu edifício-sede fosse um lugar onde houvesse um equilíbrio entre o trabalho e a experiência, um espaço inclusivo com características singulares que motivasse os colaboradores a atingir os seus objectivos pessoais e os da empresa.
Partindo do conceito de Ninho, símbolo representativo da marca, a Openbook, atelier responsável pelo projecto, desenvolveu o novo espaço em que sobressaem três núcleos distintos: as “Landing Zones”, o “Social” e o “Workplace”.
“A primeira zona é um local para reuniões informais, para trabalhar sozinho ou em equipa. É uma extensão do ar livre, trazendo a natureza para dentro e oferecendo uma atmosfera e experiência únicas”, afirma Paulo Jervell, arquitecto da Openbook. “Na zona de workspace foram estrategicamente colocadas bolhas de trabalho colaborativo informal às quais se deu o nome de “Agile Areas”. Todas as zonas têm em comum o facto de serem um ambiente em que as plantas se destacam e onde a interação com a natureza é o elemento primordial”, acrescenta. Para o exterior está ainda pensado a implementação de uma zona de lazer com uma pérgula para um ambiente convidativo, um circuito pedonal para os colaboradores exercitarem e ainda uma horta biológica para realizarem experiências agrícolas.
Um espaço inspirado na natureza
No novo Campus da Nestlé, a interação com a natureza é um elemento essencial, tal como define o design Biofílico (http://horto.clinicadosite.pt/jardim/design-biofilico-ambientes-urbanos-inspirados-pela-natureza/ ). Trazer o verde para dentro dos ambientes é uma das formas de integrar a construção com o espaço natural. As plantas, além de trazerem beleza, auxiliam na purificação do ar e geram um maior conforto térmico para os utilizadores. Foi tudo isto o que o projecto da Openbook trouxe ao novo Campus da Nestlé, em geral, e de forma particular à zona de interiores onde o Horto do Campo Grande esteve envolvido.
As propostas do Horto do Campo Grande
No seguimento da escolha da Openbook para a localização das floreiras e plantas, o Horto do Campo Grande propôs uma selecção de espécies que melhor se adaptariam aos diferentes ambientes existentes nos vários pisos do edifício.
A selecção foi feita em função da orientação solar dos diferentes espaços, da existência de luz natural e da sua intensidade. Plantas com necessidades de manutenção baixas como o Scindapsus aureus e a Chamaedorea elegans, que permitissem que a rega fosse feita em menor quantidade e frequência. Espécies menos propensas a pragas e doenças e com características purificadoras do ar – como o Spathiphyllum – Lírio da Paz, que transmite uma sensação de tranquilidade a qualquer lugar onde se encontra.
A parte estética e funcional foi também um ponto importante a ter em consideração na selecção das plantas, optando sempre pelas que melhor resultavam visualmente em cada local; e também em função do objectivo, criar barreiras visuais ou apenas de contemplação e decoração, para isso foi tido conta o seu tamanho e volume.
Assim, no lobby/recepção, optou-se por plantas de grande porte e de exuberante folhagem verde de diferentes tons. Strelitzias Nicolai, de grandes folhas, semelhantes às da bananeira, que se fazem destacar em qualquer espaço, conjugadas com Monsteras Deliciosas, também conhecidas por Costela-de-adão, que são uma tendência na decoração e que nos transmitem uma ideia de tropicalidade. Nas zonas denominadas por «Anchor points e Agile», escolheram-se plantas purificadoras do ar e nas «Lunch areas», plantas de porte médio como a Zamioculca zamifolia o Philodendron xanadu. Por fim, nas «landing areas» mais expostas ao sol, optou-se por Strelitzia Nicolai, Dypsis Lutescens e Croton Petra.
Todas as plantas que existiam no edifício foram aproveitadas e integradas no novo projecto.