Foi há 50 anos que os Cravos Vermelhos marcaram uma das datas mais importantes da história de Portugal, a Revolução do 25 de Abril de 1974, conhecida como a “Revolução dos Cravos”.
O cravo é uma flor do Craveiro, originária da Ásia e cultivada desde os tempos da Antiguidade. Apresenta folhas verde-acinzentadas e flores com bordas irregularmente recortadas de várias cores, como vermelho, rosa, branco e amarelo. As flores são geralmente muito aromáticas e por isso, são muitas vezes utilizadas em perfumes.
O cravo ganhou destaque ao longo da história pela diversidade de simbolismos dados em diversos contextos e culturas. Por exemplo, em França, os cravos roxos são a tradicional flor funerária; nos Estados Unidos os cravos são utilizados para enaltecer as mães que já partiram. Em Portugal, os cravos vermelhos assumem um contexto histórico, por simbolizarem um dos marcos mais importantes da história do país: A Revolução do 25 de Abril.
Conheça a história do Cravo Vermelho
A responsável pelo Cravo ter-se tornado o símbolo da Revolução de 25 de Abril foi Celeste Caeiro, empregada de mesa do restaurante Franjinhas. No dia 25, o restaurante iria inaugurar o novo serviço de self-service, mas tal não aconteceu devido à Revolução. Sendo um dia de festa, o proprietário do restaurante havia encomendado Cravos Vermelhos para decorar o local, no entanto, para não serem desperdiçados, pediu para que os funcionários levassem os cravos consigo.
Celeste Caeiro decidiu levar os Cravos até ao Rossio onde estavam concentrados os soldados à espera de ordens do comando geral. Um soldado aproxima-se e pergunta a Celeste Caeiro se fuma, pois precisava de lume para acender o seu cigarro. Celeste responde que não é fumadora e afirma que só pode oferecer um Cravo Vermelho. O soldado aceita e coloca o Cravo no cano da espingarda, tendo o seu gesto sido imitado pelos demais companheiros.
Este gesto simboliza uma Revolução Histórica que alia os Cravos à ausência do derramamento de sangue.